Gonçalo Canto Moniz
Edições Afrontamentos 2019
No período em causa, as escolas sofreram transformações profundas, não só devido ao debate cultural sobre a Arquitectura moderna, mas também à tensão política imposta pelo Estado Novo. De facto, nestes 40 anos, a formação do arquitecto começa por ter um carácter artístico, com a reforma do ensino de 1931, para depois exigir um carácter técnico com a reforma de 1957 e finalmente reivindicar um carácter social com as experiências pedagógicas de 1970. Neste sentido, as reformas do ensino e a sua regulamentação são o encontro possível entre o programa ideológico do regime e a vontade de transformar os métodos pedagógicos e a prática da arquitectura que os professores e os arquitectos portugueses apreendiam na publicações e nos congressos internacionais.